Os griots são contadores de história, cantores, poetas e musicistas da África Ocidental. São muito importantes para a transmissão dos conhecimentos dentro das culturas de diferentes países africanos. Quando se é griô, significa que você se comprometeu a guardar as histórias, a guardar uma genealogia, e viver como um registro vivo, com instrumentos, elementos e rituais de iniciação. É como um historiador que trabalha com o canto e a memória, ou mesmo, uma própria biblioteca ambulante, viva, que se comunica.
A oralidade, para eles, é sagrada e transmissora da paz como potente expressão pedagógica. Segundo a frase do griot Sotigui Kouyaté: ‘Não se torna Griot, se nasce Griot.’ Isso porque a herança é passada de pai para filho, o que torna o contato com os griots algo ainda mais célebre, especial e raro.
Promover este encontro tão especial de troca de saberes, tem como princípio estrutural que nossas crianças tenham a possibilidade de vivência ancestral, através de oficinas e rodas de histórias.
As crianças e adolescentes participam de vivências musicais, percebendo o fazer musical como um fenômeno indissociável do corpo, da imaginação, do grupo e da cultura. Além disso participam de vivências onde entram em contato com a história de mestres e mestras, muitas delas, histórias que sobreviveram ao tempo modificando muitas estruturas em macro ou micro proporções.
Experiência Griot é um trabalho de vivência cultural africana com as crianças da Cidade do Rio de Janeiro nas suas diversas áreas de planejamento. Durante 2 meses, o griot senegalês Pape Babou Seck, atualmente residente no Rio, irá percorrer 13 equipamentos municipais, em sua maioria, bibliotecas públicas, facilitando oficinas de contação de histórias, cantos, danças e cultura para crianças e adolescentes. Ao final da circulação, realizar-se-á um trabalho de edição das imagens registradas durante o percurso, para eternizar o conteúdo ensinado/apresentado, e distribuí-lo, de forma on-line, a equipamentos que preservam a herança africana no Brasil.
“Em certas sociedades da África do Oeste, os griots são contadores de histórias, genealogistas, músicos e artistas da palavra, com existência registrada desde o antigo Império de Mali (séculos XIII-XVII) até o presente.” Há 4 anos, em 2018, recebemos na cidade Pape Babou, um artista senegalês e ‘técnico de cultura africana’, herdeiro de uma linhagem de griots, da África Ocidental (Senegal, Burkina Faso, Togo, Guiné Bissau, Gana, entre outros), e o projeto Experiência Griot busca difundir estes saberes tanto através de contação de histórias, quanto por fabricação de instrumentos, cânticos, dança e percussão.
Cada atividade dura 1 hora, podendo acontecer duas vezes no mesmo dia. A faixa etária das crianças será dividida por atividade, atendendo grupos de 6 a 10 anos e de 10 a 17 anos. Cada turma terá 30 participantes. O público estimado do projeto Experiência Griot, somando duas turmas distribuídas em 13 equipamentos culturais, computa até 750 crianças em todo o município. Considerando que o número de pessoas afrodescendentes no Rio de Janeiro compreende mais de 50% da nossa população, o projeto Experiência Griot chega com uma potente carga de memória afetiva e ancestral para as crianças.
PROGRAMAÇÃO
Dia 29/04
10hr
Biblioteca Municipal
Anita Porto Martins
(Rio Comprido)
Dia 10/05
14hr
Lona Cultural Municipal Jacob do Bandolim
(Pechincha)
Dia 11/05
16hr
Arena Chacrinha (Pedra de Guaratiba)
Dia 12/05
19h - Lona Terra (Guadalupe)
Dia 24/05
10h - Biblioteca Euclides da Cunha (Ilha do Governador)
Dia 13/05
10h e 14h - Centro da música Artur da Távola.
(Tijuca)
Dia 24/05
15h.
Biblioteca Écio Salles. (Gávea)
Dia 15/05
10h FLIST - Parque das Ruínas
(Santa Teresa))
Dia 26/05
14h e 16h Lona Cultural Herbert Vianna
(MARÉ)
Dia 12/05
14h - Biblioteca Manuel Ignácio da Silva Alvarenga (Campo Grande)
Dia 17/05
10h e 14h João do Rio (Irajá)
Dia 27/05
10h MUHCAB
(Gamboa)